Referencias Bibliográficas:
 
Anderson, A.B. 1981. White sand vegetation of Brazilian Amazonia. Biotropica 13:199–210.
 
Damasco, G., Vicentini, A., Castilho, C.V., Pimentel, T.P., Nascimento, H.E.M. 2013. Disentangling the role of edaphic variability, flooding regime and topography of Amazonian white-sand vegetation. Journal of Vegetation Science 24: 384–394.
 
Junk., W.J., Piedade, M.T.F., Schöngart, J., Cohn-Haft, M., Adeney, J.M., Wittmann, F. 2011. A classification of major naturally-occurring Amazonian lowland wetlands. Wetlands 31(4): 623–640.
 
Vicentini, A. 2004. A Vegetação ao Longo de um Gradiente Edáfico no Parque Nacional do Jaú. In: H. Borges; S. Iwanaga; C. C. Durigan; M. R. Pinheiro. (Org.). Janelas para a biodiversidade no Parque Nacional do Jaú - uma Estratégia para o estudo da biodiversidade na Amazônia. Manaus: Fundação Vitória Amazônica (FVA), WWF, IBAMA.pp. 17-43.
Foto: Jochen Schöngart RDSU
A área do PELD MAUA tem 5X2 km e está localizada nas coordenadas (02°10’30”-02°11’30” Sul e 59°00’30”-59°01’30” Oeste, ver mapas das áreas). Essa área guarda relação com áreas de outros projetos de importância, como é o caso do ATTO (Amazonian Tall Tower Observatory), um grande projeto bilateral entre o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pelo lado brasileiro e o Ministério Federal de Ensino e Pesquisas da Alemanha (BMBF), executado pelo INPA, MPIC e UEA. Neste projeto, um sistema de torres com até 320 m de altura vem sendo construído em florestas de terra firme, para monitorar as trocas gasosas, os efeitos da produção de aerossóis na formação de nuvens e o regime pluviométrico regional e fluxos de energia na camada limite da atmosfera de uma região abrangendo milhares de quilômetros quadrados de florestas de terra firme. O Projeto terá a duração mínima de 20 anos, de forma a avaliar possíveis impactos de mudanças climáticas no funcionamento da floresta amazônica e seus serviços ambientais. Adicionalmente, serão implantadas na área parcelas do PPBio. Desta forma, este PELD se constituirá em um dos únicos locais da Amazônia, onde medidas poderão ser realizadas entre ecossistemas e desde a atmosfera até a água subterrânea, tornando-o um lugar único e de grande relevância.
Sítio Campina - Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã (RDSU)
 
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã (RDSU) está situada no nordeste do Estado do Amazonas, nos municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã, tendo sido estabelecida pelo Decreto Estadual n° 24.295 de 26 de junho de 2004. A Reserva abrange uma área de 4.244 km2 e encontra-se a 150 km em linha reta de Manaus, em direção nordeste. A região apresenta florestas de terra firme, florestas de igapó, campinaranas. O clima da área é equatorial pluvial, com chuvas predominantes no período de novembro a abril. A temperatura é uniforme, com média de 27 °C, e a precipitação média anual em torno de 2.030 mm.  A RDSU foi criada com o intuito de garantir a exploração sustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis, tradicionalmente utilizados pela população extrativista residente no local. A autorização para realizar estudos nesta Unidade de Conservação Estadual deve ser obtida no Centro de Unidades de Conservação da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS/CEUC). O acesso às áreas de estudo na RDS Uatumã é feito por veículo motorizado e lancha com motor de popa. A distância é de 240 km de estradas a partir de Manaus e cerca 60 km pelo Rio Uatumã.
 
As campinas são ambientes pouco conhecidos podendo ocorrer inundações sazonais por uma pequena coluna de água ou solos periodicamente encharcados (Junk et al. 2011). O termo campinarana é geralmente aplicado a um tipo de vegetação que se desenvolve sobre solos arenosos extremamente pobres (podzol hidromórfico ou areias quartzosas oligotróficas), na maioria dos casos hidromórficos. Campinaranas são, em sua maioria, áreas úmidas interflúviais distribuídas em forma de ilhas, que recebem água da precipitação local (Junk et al. 2011). As campinaranas ocorrem em grandes áreas ao longo do alto Rio Negro e na Amazônia Central, em uma área total entre 100.000-150.000 km². O gradiente de inundação gerado pela chuva nas campinaranas é determinante para a composição florística e estrutural da vegetação arbórea e como resultado, observa-se alto grau de endemismos de famílias, gêneros e espécies de plantas (Anderson 1981). Embora as fito-fisionomias florestais de campinaranas já tenham sido descritas e analisadas, como sumarizado por Vicentini (2004) e Damasco et al. (2013), ainda são escassas as informações sobre a ecologia das espécies arbóreas colonizadoras, suas idades, taxas de incremento e produtividade das formações florestais.
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